Black Parade: um hino da negritude

Capa do disco Black Parade

Beyoncé é um dos mais primorosos nomes da música da atualidade. Não há dúvidas. Portanto, ‘Black Parade’, single da artista, lançado em 19 de junho, é um punho fechado e erguido contra o racismo e o genocídio da população negra. A cantora, em si, é um símbolo da negritude, com suas letras contestadoras e que confrontam o status quo, que permanece hostil aos povos periféricos, como os negros e indígenas.

A data do lançamento marca o fim da escravidão nos Estados Unidos. Por lá, 19 de junho é também conhecido como Juneteenth (termo em inglês que mescla o nome do mês com o dia), Freedom ou Emancipation Day (Dia da Libertação ou da Emancipação). Sendo assim, no dia em que ‘Black Parade’ saiu, a cantora compartilhou em sua página do Instagram: “Espero que a gente continue a compartilhar alegria e celebrar um ao outro, mesmo no meio da luta. Por favor, continuem recordando nossa beleza, força e poder”.

Vidas Negras Importam

No fim de maio, um homem negro, de 46 anos, foi asfixiado por um policial branco. Cidades em chamas. Saques. Invasões. Confrontos e protestos. Logo as imagens rodaram o mundo e a população negra se ergueu em retaliação à morte de George Floyd. “Bees is known to bite”. Os protesto explodiram no mês seguinte. Uma réplica minúscula comparada ao que o povo negro sofreu ao longo da história.

‘Black Parade’ chegou logo após a onda de manifestações. Um apoio claro ao ativismo negro. Queen Bey celebra a cultura e história negra, levanta a voz contra a violência policial e também aborda os protestos do movimento Black Lives Matter de 2020. Além disso, a canção tem uma batida que gruda. É uma mistura bem construída de pop, trap, hip-hop, ritmos africanos e coral gospel.

A força de chamamento, para o ativismo negro, que a cantora possui já foi provada anteriormente com a música ‘Formation’. Com ‘Black Parade’, desde o lançamento, o single se consagra como um poderoso hino da negritude.

 

 

 

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